sexta-feira, 18 de maio de 2012

Professores da UFFS Cerro Largo entram em estado de greve


Nesta quinta-feira, dia 17, a classe docente da Universidade Federal da Fronteira Sul, em Cerro Largo, reuniu-se em assembleia para discutir a aderência da greve que acontece em todo o território nacional. A proposta decidida foi a de que entrassem em estado de greve até o dia 11 de junho. Dos quase 70 professores do campus, 40 estiveram presentes, 39 votaram a favor e 1 votou contra.

O professor César de Miranda Lemos explica que essa situação dá um caráter de excepcionalidade às suas atividades. Como por exemplo, a convocação de assembleia em menos de 24 horas, já que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) afirma que é necessário no mínimo 48 horas de aviso para essa convocação. Ainda, serão feitos cartazes, realizadas palestras e outras ações para manifestar as reivindicações da classe. Todas as atividades envolvendo os alunos, como as aulas e os projetos de pesquisa continuarão normalmente.

No dia 11 de junho, data em que está programada a greve geral do funcionalismo público federal, a classe decidirá pela aderência ou não no movimento. Nesta quinta-feira, em todo o Brasil, professores de 17 universidades federais entraram em greve por tempo indeterminado. Suas principais reivindicações são a reestruturação da carreira docente, a contemplação - no Plano Nacional de Educação, a ser votado em 2012 – de 10% do PIB para a educação, para a melhoria das condições de trabalho dos professores e para protestar contra as perdas salariais. “Aqui na UFFS, há falta de professores, que estão trabalhando em disciplinas para as quais não prestaram concurso, o que é uma queixa até por parte dos alunos”, concluiu.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Alunos da UFFS Cerro Largo realizaram assembleia geral nesta segunda-feira, dia 07




Na última segunda-feira, dia 07, representantes de todos os cursos da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Cerro Largo, reuniram-se em assembleia para debater sua posição frente à possível greve dos professores marcada para o dia 17 de maio.

De maneira geral, todos concordaram que a classe discente não irá apoiar uma greve que, aparentemente e especificamente na UFFS de Cerro Largo, ainda não tem consistência e aderência da maioria dos docentes.  A informação trazida pelos representantes foi a de que os professores de seus cursos não sabiam da greve e isso gerou uma atmosfera duvidosa para os alunos. No entanto, a mudança desse cenário e o surgimento de fatos novos podem ser fatores de uma posição diferente dos estudantes.

Ainda durante a assembleia, vieram à tona vários problemas que os cursos, de forma isolada, vêm enfrentando como a falta de servidores no período noturno, falta de professores acarretando atraso em disciplinas e acúmulo de conteúdo no final do semestre – como no caso do curso de Administração - entre outros. Dessa forma, os alunos pretendem organizar-se e realizar diversas ações a fim de que possam ser feitas melhorias na sua formação.

Outra preocupação levantada pela classe discente foi a viabilização do transporte coletivo para o novo campus, cujas obras já estão em fase final. A problemática é que o novo campus, além de ficar longe da cidade, está num ponto muito alto e íngreme o que dificulta seu acesso, por isso é importante o transporte público. Uma reunião foi agendada com o prefeito da cidade, Adair José Trott, para o dia 23 de maio, na Câmara Municipal, com horário a ser definido, a fim de discutir tal questão.